Por Isaias Coutinho
Dados do
Instituto de Segurança Pública (ISP) destacam que Búzios teve 228 vítimas de Violência
psicológica em 2022, a maior parte mulheres brancas, solteiras, com a faixa etária
de 30 a 59 e com escolaridade em ensino médio completo. O crime mais recorrente
foi ameaça, com 198 casos, perseguição 19 casos, constrangimento ilegal 4
casos, registro não autorizado de imagens 4 casos, violência psicologia contra
a Mulher 3 casos e divulgação de cenas de estrupo 1 caso.
O dado é do
Dossiê Mulher, feito com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) que foi
divulgado terça-feira (31).
É o segundo
ano seguido que os casos de violência psicológica lideram as estatísticas. O
crime passou a ser tipificado no Código Penal em 2021, com o detalhamento das
condutas do agressor.
Cinco tipos
de violência contra mulheres são tipificadas. A psicológica costuma ser a porta
de entrada para outras formas de agressões contra mulheres.
- VIOLÊNCIA
FÍSICA – agressão ao corpo
- VIOLÊNCIA
PSICOLÓGICA - danos emocional autoestima
- VIOLÊNCIA
SEXUAL – atos indesejáveis
- VIOLÊNCIA
PATRIMONIAL – controle do dinheiro
- VIOLÊNCIA
MORAL – calunia e falsas acusações
A maior
parte dos crimes aconteceu dentro de casa. Cerca de metade dos autores dos
crimes de violência psicológica eram companheiros ou ex-companheiros.
Segundo o Dossiê
Mulher, outros tipos de violência que se destacaram em Búzios em 2022 foi a violência
moral que teve 181 vítimas, violência física com 155 vítimas, violência patrimonial
com 56 vítimas e sexual com 54 vítimas.
Ainda
segundo Dossiê Mulher Búzios registrou nos seguintes anos;
2022 – 713 casos
2021 – 577 casos
2020 – 407 casos
2019 – 522 casos
2018 – 447 casos
2017 – 328 casos
2016 – 405 casos
2015 – 927 casos
2014 – 1468 casos
Marcela
Ortiz destaca a importância de denunciar.
"É por meio da atuação do sistema de justiça criminal que o autor vai ser afastado do convívio dessa mulher. Seja por meio da implementação de medidas protetivas, seja por meio da própria sentença. E também o sistema punitivo. Vai ser dada a pena para esse agressor. Sendo que a pena é fundamental para preservar a integridade física dessa mulher quanto no aspecto punitivo. Porque a impunidade é uma das formas de incentivo à violência", ressaltou a diretora-presidente do ISP.